Escolha do Modo de Estimulaçao no Brasil. Análise das Características dos Pacientes Submetidos a Implantes Ventriculares e Atrioventriculares a Partir dos Dados do Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) no Ano de 1998
Escolha do Modo de Estimulaçao no Brasil. Análise das Características dos Pacientes Submetidos a Implantes Ventriculares e Atrioventriculares a Partir dos Dados do Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) no Ano de 1998
Keywords:
estimulaçao cardíaca artificial, coleta de dados, sistemas de gerenciamento de base de dados, Brasil, arritmiaAbstract
O Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) é uma base de dados nacional que visa a coletar e divulgar informaçoes concernentes aos procedimentos relacionados com a estimulaçao cardíaca artificial no Brasil. Este trabalho apresenta os resultados do quinto ano de operaçao do RBM que vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1998 e teve como objetivo principal comparar os dados clínicos dos pacientes submetidos a implante de marcapasso ventricular aos dos pacientes que receberam marcapasso atrioventricular. Neste período foram reportados 10.462 procedimentos perfazendo 7915 implantes iniciais (75,7%) e 2547 reoperaçoes (24,3%). Foram implantados 6868 marcapassos unicamerais (65,6%) e 3591 bicameirais (34,3%). Dos implantes de câmara única, apenas 46 foram atriais (0,4%). A relaçao média nacional entre implantes ventriculares e atrioventriculares foi de 1,9 : 1. Pela análise dos dados apresentados foi possível verificar fatores que influenciaram a escolha do modo de estimulaçao, como: 1) a regiao onde o hospital está instalado; 2) a idade do paciente; 3) a classe funcional e 4) o distúrbio da conduçao do paciente. Diferenças Regionais: a regiao centro-oeste diferiu das demais por apresentar equilíbrio entre o número de implante ventriculares e atrioventriculares (relaçao VVI / AV = 1 : 1). Nas demais regiôes foram implantados mais marcapassos ventriculares que dupla-câmara com relaçoes VVI / AV variando de 1,8 : 1 na regiao sudeste a 2,8 : 1 na regiao norte. Idade: à exceçao da faixa etária de 21 a 40 anos, que apresentou equilíbrio entre marcapassos ventriculares e bicamerais (relaçao VVI / AV = 1 : 1) em todas as demais faixas de idade o número de implantes ventriculares foi maior, com relaçao VVI / AV variando de 1,2 : 1 na faixa dos 41 aos 60 anos até 3,7 : 1 na faixa etária maior que 81 anos. Classe Funcional: em nenhuma classe funcional o número de marcapassos bicamerais excedeu o número de ventriculares. A proporçao de marcapassos atrioventriculares, entretanto foi maior nos pacientes sem insuficiência cardíaca ou com insuficiência cardíaca leve. Na classe funcional I a relaçao VVI / AV foi de 1,2 : 1; na classe II foi 1,2 : 1; na classe III foi de 2,1 : 1 e na classe IV, 2,9 : 1. Distúrbio do Sistema Éxcito-Condutor: Pacientes portadores de doença do nó sinusal receberam aproximadamente duas vezes mais marcapassos fisiológicos que ventriculares (relaçao AV/VVI = 1,7 : 1). Nos portadores de bloqueios do 2º grau a relaçao VVI/AV foi de 1,2:1), nos portadores de bloqueios totais, foi 2.7:1) e nos pacientes portadores de flutter ou fibrilaçao atrial 21 : 1). Outros Fatores Analisados: Sintomas pré-operatórios, etiologia do distúrbio da conduçao e sexo do paciente nao estiveram relacionados a diferenças no modo de estimulaçao escolhido.Downloads
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Published
2000-10-17
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COSTA, . R. (2000). Escolha do Modo de Estimulaçao no Brasil. Análise das Características dos Pacientes Submetidos a Implantes Ventriculares e Atrioventriculares a Partir dos Dados do Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) no Ano de 1998: Escolha do Modo de Estimulaçao no Brasil. Análise das Características dos Pacientes Submetidos a Implantes Ventriculares e Atrioventriculares a Partir dos Dados do Registro Brasileiro de Marcapassos (RBM) no Ano de 1998. JOURNAL OF CARDIAC ARRHYTHMIAS, 13(1), 49–57. Retrieved from https://jca.emnuvens.com.br/jca/article/view/3007
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